sexta-feira, novembro 19, 2004

As medidas do tempo

Há muito, muito tempo, no tempo nos nossos ultra-pentium-cota-tetravós, o tempo não se media como hoje se mede.
Só existiam as porras, os min@s e os fagundes.
À porta das fábricas, quando soava o apito:
- Hey man, tá na porra.
- Tá nada, inda faltam 10 min@s; se senta aí, Nobre Fagundes!
E havia tempo pra tudo.
Mas os Amaricacas logo imitados pelos japonésios de imediato lixaram tudo.
Mal conseguiram eleger um Papa Amor & Cano, tomaram conta do tempo do mundo inteiro.
Foi num filme que passou na RTP 1 cos gaijos elegeram o Papa Gregory Peque que em hora e meia nos desgraçou o tempo e o fez como o conhecemos hoje inventando o calendário Gregoriano.
Antes disso era o Olha a Porra mas o Peque insistiu: Call him Dario...e assim ficou.
Desde logo se instalou na Boutique Ano e a dividiu em 12 show rooms páquilo render mais.
Depois há que dividir aquela treta em some Anas, e as some Anas em dias.
No meio da confusão deu em pagamento à Mafia o dia 30 de Fevereiro e ainda hoje ninguém sabe onde ele pára...
Claro que tinham de se queixar que o povo passava todos os min@s de cada porra sem fazer nenhum e isso diminuía a proud actividade. Eram uns lambões, diziam os bosses amor & canos. Os jápenicos assentiam com a cabeça: ió-ió!
Lá se acabou a porra, penalizaram-se os min@s pa grande tristeza dos Fagundes.
Os relapsos do tempo iam queimá-lo pá figueira da Inkis e São.
De oração em horas são, lá inventaram as horas, os minutos e os segundos, dizem que eu não tava lá...
Mas pa queque isto em porta?
Assim d'arre pente num me lembro de nenhuma boa razão.
Perdoem-me os min@s que vos fiz perder...tá na porra dir dormir...
Boa noite, Fagundes...


Anne T. Culture, in "Os 10 ígneos do tempo", edições Peque a Dor, 2003 e 7.632 min@s