quarta-feira, janeiro 05, 2005

Patifaria

Era o dia 1 de Abril. Para uns o dia dás-me em tiras, para outros o dia 12 em ganes.
Lá no escritório, Faria abria a correspondência. Esperava um tolo fonema importante.
De cada vez que o tolo fone tocava, Arsénio precipitava-se para o atender.
- É pa ti, Faria! dizia Arsénio,
Mas não era; era engano!
E de cada vez, Nela ria a bandeiras 10pregadas.
Trrrimmmm! tocava o tolo fone.
É pa mim?, perguntava o Faria.
Não, é pa Nela...
Mas não era. Era engano...
Mesmo assim Nela ria come uma 10 almada...
Trimmmmmm!
- É pa ti, Faria! dizia Arsénio,
Mas não era; era engano!
A cena repetiu-se durante todo o dia, com Arsénio a dizer: - É pa ti, Faria! É pa ti, Faria! É pa ti, Faria.
Mas não era; era engano...
Já perto da hora da saída, o tolo fone tocou:
Arsénio correu a atender.
- Boa tarde, desejava falar com o Sr. Faria. É um assunto muito importante, disse a voz do lado de lá.
Faria perguntou: - É pa mim?
Arsénio, sem articular uma palavra, pousou o auscultador:
- Não, Faria, era engano...