sábado, outubro 01, 2005

A ilha

ilha2


Tinha ido ver se arranhe javali emprego. O meu pai tinha-me avisado para ser poupado, para que num cagaste aço dinheiro todo. Mas agora ta abafe a lido.
- Aço loção é emigrares, disse-me, tenta a Madeira.
- Você há chacal e me safo?
Por uma vez sagui o seu conselho, cace hiena!
Fui abutres até ao cais já que não tinha dinheiro para o táxi.
No cais, 3 chineses pediam baleia. Comemos uma sande antes da partida mas o pantera duro, não prestava. Embarcamos e partimos ao soar dugongue. A ilha, aquele lugar rodeado de égua por todos os lados, era o nosso destino.
Ia eu à popa e o Jack à ré. A meio do cão vés a Ana Conde fazia linguados com o Toca Melo. Na amurada uma cota tua falava sem parar. Arre, a pose, a dela, era irritante. O grou mete fê-la calar-se.
- Que rude, oh valhó Senhor, resmungou ela.
Drome, Dário, dizia uma senhora para o filho. Já em alto mar pedi ao Jack para ligar o rádio.
- Apetece-me ouvir uma abalada, disse-lhe.
Já que assim fez e eis que nos cai o som de um hip-hop óptimo em cima.
- Jack, seu grande pargo, o barco não aguenta – gritei-lhe.
Nem tive tempo de lhe pregar um salmão. Onofre a gamos.
- Primeiro as mulheres e crianças, gritou o capatão.
Aquilo só visto. A todo o gazelas entraram para o bote salva-vidas. Mastim a um senão. Não havia lugar para todos... e eu a ver a minha vida a andar pra traste. Foi o cabo dos trombalhos, você sável há, caro leitor...
No final, adivinhe lá quem me salvou!
O Alberto João Jardimze, lógico...


Anne T. Culture, in "Humor ó bilhoso mundo dos Oni +", edições "Besta sim, vês-te anão"