Húmus Trengo
Abílio era doméstico. Pesava 30 quilos e o médico dizia-lhe que a nora é que se ia. Mas ele não se ralava. Comia imenso.... comida de urso. Porrada não lhe faltava. Amélia, a mulher, era o homem da casa. Batia-lhe a toda a hora e quando calhava também às meias horas. Amélia, feia como o pecado, era uma tonelada mais forte e o pesadelo de Abílio.
Ah, Abílio era pouco, um nico, um totó. Enquanto Abílio jogava no totó loto na ânsia de se tornar Abílio nário, Amélia trombalhava numa fábrica de estores. Fazia também uns ganchos a consertar persianas entre um e outro gancho que atestava na fronha de Abílio.
Abílio já estava no limite das suas forças. Se olhava para uma vizinha e Amélia o 10 cortinava, tinha furiosos ataques de gelosias e batia-lhe mais, postigava-o, moía-o com porrada de quarto em quarto... de hora...
Nesses momentos, Abílio refugiava-se na lembrança da vizinha, a boa Esperança, já que para ele Amélia era o verdadeiro cabo das tormentas.
Certa noite, perdido de raiva quase lhe chamou "Mostrengo" mas, cobarde, dos seus lábios só se lhe ouviu gritar: A DAMA ESTORE!
Anne T. Culture, eis certo do guião para o filme "Abílio um dólar bebe" gole hard doado com bué dós queres dá cod mia.
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