domingo, outubro 10, 2004

Biblio Toca - parte em 2

Entra o Eça do Isqueiro: - Ois!
O Rui Malho larga uma farpa com um olhar de estante.
- O que é que ele tem?
- É o colapso da cidra com Milo, diz o Peçonha.
- Mas isso é maneira de tratar um Pessoa? entrega-lhe esta Mensagem; ou se emenda ou dou-lhe Creme do Podre, a Murro! Vai lá e deixa-te de tremeliques, vê lá se não me 10 Maias aqui!
(cá pra mim o gaijo droga-se, pensou)
Entra o Otário Pobre e senta-se Só a fumar um Garrett alheio a tudo.
O Eça desespera-se:
- Toumapassar! dirige-se ao Armário do Sá que é Armeiro e tira uma espingarda. Pelo caminho cospe no Incesto dos papéis. Invade-o uma Loucura súbita e sente já, da boca, o Céu em Fogo.
(parece que vim parar no meio de uma Confusão de Lúcidos - penso eu).
Tal como o Pobre tento alhear-me da cena e olho pela janela. Lá está o Antero no Quintal a regar o Cesário Verde. ( isto sim, é uma cena book-oólica). Ali ao lado pasta a oVelhice do Padre Interno. Com a fome fazem uma Guerra na Junqueira.
Na passagem de Nobel está o Sr. Amago, paciente, à espera que passe o comboio de corda.
Mais longe a Florbela Espanca dois arrumadores que lhe esmurraram a 4 go neta onde transporta os sonetos, os primos e a criada.
Camelo! Casmurro! Bronco! - grita o Eça do Isqueiro.
Acordo daquele torpor.
10casco-me a rir.
Humor dá perdição - avisam-me.
É o Fim... vou ter de carregar com o Gordô... quem me manda a mim ser um burro ajaezado à onda lusa!?...