quarta-feira, outubro 20, 2004

10 encontros

Tom Crapp era o seu nome.
Rico, eis-se êntrico, farto de uma vida de luxo e fausto, rude e ado dai tec, herpes lanos, iates, lojas de tótó ages, mulheres, sexo e hot-ó-colantes pirosos no vidro do carro, decidiu tudo isso deixar para trás e tornar-se Emmy Grant de lixo num país do 3º mundo, o mais sobe ó 10 envolvido quem com trace.
Para trás ficou também, Elisa a Beta, a sua nó morada dos tempos diz cola.
Abandonou os St8s num cota marau e 10 embarcou na ribeira do Porto.
- What a Tripa, pensou ele mal chegou.
Durante anos fez de tudo: foi moço de Ricardos, andai-me nas obras, foi cuspido na rua e em jogos de futebol, cheirou sovacos nos transportes públicos, teve, enfim, aquilo que desejava, uma vida miserável.
Um dia recebeu um bilhete que mudou toda a sua existência.

"Tom, Tripei. Tou cá. Ame anã, Bouka Gare, azeite o'clock.
100 pre tua
Elisa a Beta"


Era o up pêlo do destino ao qual não barbeava há longos anos.

O dia seguinte

Tom mirou a tabuleta da gare do metro. Era ali, pensou.
Em letras garrafais que pareciam dançar agarradas à barriga lá estava escrito: BOUKA GARE.
Mas logo ali a vida lhe começou a andar para trás.
Ao descer na escada ralante, fincou mal o pé que logo lhe foi inapelavelmente triturado pelo esfaimado escadote, que dele fez farinha de pé.
- Bem podia ser pior, pensou, ao imaginar a escada ralante a fazer de uma parte dele farinha de pau.
Mas como um mal nunca vem só, além de ter ficado sem pé, ainda teve de rastejar penosamente pela plataforma porque se esquecera de validar o Andante.
Até a ânsia de chegar o tolhia.
Era a hora. Postou-se à espera espumando pela boca como um dirigente de clube de futebol, ansioso pela chegada da sua à moda.
Viu-a chegar descendo apressada as escadas 4 a 4 enquanto segurava o seu chapéu Dior e punha pode arroz no rosto. Só podia dar empate.
Logo ali percebeu o seu erro.
- Merda! - tinha-se enganado na plataforma.
Elisa a Beta, quedava-se ansiosa do outro lado da pelota forma, os braços estendidos, os olhos suplicantes de amor e murmurava: - meu amor, Crapp!
Aquele 4 metros pareciam-lhe agora tão largos como o oceano passo e fico.
E ele ali, rente ao solo, como que dominado por um jogador brasileiro de futebol.
De súbito ela gritou:

- Crapp, Pula!

Crapp levantou-se frenético mas o silvo estridente do comboio logo o fez deter-se...

- Crapp, Pula! gritava a Beta a plenos pulmões.

- Ai o metro! Pulo o Tanas!...

3 Comments:

Blogger INFORMANIACA said...

Ri-me...começas a ficar mais acessível...

9:54 da manhã  
Blogger Onan said...

Crapp ulou e bateu 4m Bana linha. Mas nonsense L sim porta ou, pois riu se. Ié lady se: pô, rã, de Carris?

12:11 da tarde  
Blogger Conde-Lírios said...

E a Leide pula... deck conte ente:))))

3:55 da tarde  

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